Como diz meu técnico Marlon: Quem está treinando para a maratona, tem que correr 21k pra porrada! Mas o fim de semana seria de festa e eu sabia que não ia dar pra forçar muito já que a alimentação (e a bebericação!) pré-prova não permitiriam alcançar a melhor performance.
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O Kit veio com um par de meias de um dos patrocinadores! |
Já na sexta-feira à noite, depois de pegarmos o kit da prova, tomamos umas cervejas acampanhadas de uma travessa de torresmos. Isso mesmo, uma travessa! Família mineira, sabe como é, né? Mesmo quando eu pesava quase 100kg, chegava na casa da minha sogra e ela achava que eu estava passando fome. Como ela e meu sogro são cozinheiros de mão cheia e eu não sou de negar nada pra ninguém, sempre encarei com gosto os quitutes da dupla. E dessa vez não foi diferente.
No sábado de manhã, fomos levar Laura no parque da Universidade UFJF para andar de patins e skate. Deu pra gastar um pouco das calorias ingeridas em excesso na noite anterior e suar um pouco da cerveja.. mas o que estava por vir na sequência era nada mais nada menos que uma feijoada. Aí, você amigo que me acompanha por aqui, já sabe que isso não vai dar muito certo na véspera de uma meia maratona. Pois é. Depois de toda aquela comilança, cervejinhas, sobremesas e até umas duas ou três doses de cachaça de banana, dormimos aquele sono ansioso pré-prova e não deu outra. Caganeira na corrida. Tô até pensando em mudar o nome desse blog pra Cagando e Andando, ou coisa parecida.
Apesar dos excessos, acordei bem disposto. A temperatura, bem mais baixa que aqui no Rio, me animava para tentar forçar um ritmo mais forte. A Ludmila não estava se sentindo tão bem mas conforme a prova seguia, ela foi esquentando e nós fomos conversando durante o percurso e traçando nossa estratégia. Como a comunidade de corredores de Juiz de Fora tem muito menos gente do que aqui no Rio, foi interessantíssimo ver que a maior parte dos atletas se conhecia e se incentivava durante o percurso. Um clima bastante amistoso. O percurso praticamente plano, a temperatura agradável, estrutura bacana de hidratação e sinalização.. tudo a nosso favor pra bater recordes pessoais. Pilhei bastante a Lud para tentarmos completar a prova abaixo das duas horas e ela foi caindo aos poucos na minha pilha.
Lembra da feijoada do dia anterior? Então.. bateu à minha porta por volta do Km 5. Passei pelo posto de hidratação no Km 6 e peguei logo dois copinhos de água. O único banheiro químico instalado no percurso, estava uns 500m a frente. Avisei minha fiel companheira que infelizmente teria que fazer uma pausa mas que ainda assim poderíamos compensar o ritmo mais na frente e alcançar o objetivo de fazer um tempo bom. Afinal eu já havia feito isso na meia maratona da Asics. Ok. Número 2 pra mim, número 1 pra ela e partiu correr atrás do prejuízo!
Pensa que tava limpinho assim?? Vai vendo.. |
Nosso ritmo foi aumentando aos poucos e rapidamente começamos a ultrapassar outros atletas. O percurso era no estilo bate-volta, então aguardávamos o km 10,5 ansiosamente. A Lud chegou a comentar: Chega 21 mas o 10,5 não chega nunca! Mas chegou. Então tomamos um sachê de gel com cafeína, uns goles de isotônico (Powerade, oferecido pela organização da prova no Km 10,5), um copinho d'água e tome apertar o ritmo! Além de fazer um tempo bacana, eu queria também terminar a prova junto com a Lud. Nunca havíamos feito isso pois quando comecei a correr, ela se encontrava num nível muito mais avançado que o meu e, além do mais, era o fim de semana do dia dos namorados. [coraçãozinho coma mão].
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Livro do Drauzio Varella que ela me deu de presente no dia dos namorados. |
A Lud apertou demais o pé direito do tênis quando foi amarrar o chip de cronometragem da prova e isso acabou atrapalhando a pisada dela e gerando bolhas no pé. O esquerdo estava bem, mas o direito já sentia as bolhas. E aqui fica uma dica importante. Sentiu qualquer coisa diferente nos pés, uma meia dobrando, uma micro-pedrinha incomodando ou coisa parecida, pare imediatamente e resolva esse problema sob pena de se machucar.
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Me exibindo no face. |
Então por conta dessas bolhas, não conseguimos dar o sprint que eu havia planejado para o Km 18. Seguimos juntos e assim que foi possível avistar os pórticos de chegada, naturalmente ela começou a apertar o passo e eu a acompanha-la. Rolou até um sprint nos últimos 100 metros e acabamos concluindo a prova -tempo extra oficial- em 2:00:45, ela, e 2:00:43, eu.
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Foto do parceiro oficial da organização da prova. |
Não foi abaixo de duas horas mas foi excelente! Estamos no caminho certo para fazermos uma bela maratona. E pra quem quer melhorar tempo em meia maratona, indico fortemente essa prova.
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